A Secretaria de Estado da Mulher (Semu) deverá lançar, na primeira quinzena do mês de março, o programa “Viva Mulher”. As ações do programa serão desenvolvidas, em primeiro momento, na cidade de Imperatriz e na capital, onde foram realizadas oficinas com lideranças comunitárias, entidades ligadas à rede de proteção à mulher e prefeituras locais. De acordo com a secretária de Estado da Mulher, Catharina Bacelar, acolher, formar, incluir e advogar são as premissas que deverão nortear as políticas públicas de atendimento às mulheres maranhenses.
“Já realizamos oficinas com mulheres de Imperatriz e São Luís, buscando todos aqueles que têm ligação com a rede de atenção à mulher para que possamos construir uma rede coletiva, pois temos diversas entidades que trabalham as causas das mulheres, mas elas trabalham de forma isolada. A idéia é unir esforços e darmos mais dinamismo a essas ações”, afirmou a gestora da Semu, Catharina Bacelar. Dia primeiro desse mês, uma oficina do mesmo tipo foi realizada em Imperatriz.
Interior - Outros 13 municípios do interior do estado já estão sendo preparados para o novo programa. Itinga, Açailândia, Cidelândia, Vila Nova dos Martírios, Estreito, Porto Franco, Campestre do Maranhão, Ribamar Fiquene, Governador Edson Lobão, Amarante, Buritirana, Senador La Rocque e João Lisboa foram visitados pela Semu no início deste mês. A secretaria realizou um levantamento das demandas dos grupos de mulheres destas cidades para que as ações do futuro programa sejam desenvolvidas, levando em consideração a realidade de todos os municípios maranhenses.
Um dos objetivos da viagem feita pela secretária foi fomentar a criação de secretarias municipais da mulher e de conselhos municipais de políticas para as mulheres em todos os municípios do Estado.
O plano estadual de política para as mulheres contemplará cinco eixos de ação: enfrentamento da violência; participação nos espaços econômicos, de decisão e de poder; enfrentamento do racismo, sexismo, lesbofobia e desigualdade geracional; saúde da mulher, direitos sexuais e reprodutivos; valorização e defesa dos direitos das mulheres em situação de prisão.
“Nós queremos conhecer todos os grupos de mulheres, promover a interação entre elas, tratar os problemas na origem e não apenas a conseqüência”, finalizou Catharina Bacelar.
Mais
Um dos destaques do futuro programa será a inclusão dos travestis na pauta de discussão. “Embora sejam fisiologicamente masculinas, essas pessoas se vêem como participantes do gênero feminino, então quem vai acolher este grupo? E o mesmo faremos com outros grupos segregados que não sabem onde procurar os mecanismos de luta e inclusão. Prostitutas, lésbicas, detentas e ex-detentas, entre outros”, garantiu.
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