Hoje, dia 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. E mais do que comemorar, o importante é uma boa notícia: as mulheres estão perdendo o medo de denunciar o agressor seja dentro ou fora de casa.
Donas de casa, advogadas, domésticas, dentistas, professoras, jornalistas, mães, netas, sobrinhas, avós... mulheres. Oito de março é a data em que toda mulher é lembrada de um jeito especial. Uma realidade difícil de encarar. Todos os dias novas mulheres se tornam vítimas da violência doméstica. Em São Luis, foram 986 casos de mulheres agredidas, nos últimos 18 meses, de acordo com a casa da mulher.
Na maior parte das vezes, são os próprios maridos (20,43%)e os ex-companheiros (13,56%) os agressores. São casos como o registrado no último dia 5, quando uma mulher passou quatro horas presa no banheiro do apartamento no Calhau: o marido a ameaçava com uma faca. E também o crime ocorrido no dia 23, no Cohatrac: Maura Costa foi baleada quando ia para o trabalho e morreu.
O número de atendimentos a mulheres vítimas da violência doméstica aumenta a cada dia. Sinal de que elas estão procurando por mais ajuda. Só que ainda falta muito pra vencer o silencio. A principal dificuldade é o medo da reação do agressor e ainda a vergonha das pessoas que convivem próximas dela. São donas de casa (21,57%), com ensino médio completo (34,41%), em união estável e têm até dois filhos (55,26%). Chegam ao atendimento fragilizadas, depressivas e com baixa autoestima.
As chamadas “medidas protetivas de urgência” saltaram de 30 para 120 a cada mês. São medidas como a proibição de frequentar os mesmos lugares, afastamento, proibição de contato e até mesmo decreto de prisão preventiva. No dia que é só delas, o amor próprio e a autoestima devem prevalecer.
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